O custo médio de venda dos imóveis comerciais no Brasil se manteve estável em setembro (+0,04), em comparação com o mês anterior. Apesar da alta, os preços dos estabelecimentos permanecem 0,17% menores no acumulado deste ano, frente ao mesmo período de 2021.

Os dados fazem parte do levantamento divulgado nesta terça-feira (25) pelo Índice FipeZap de Venda e Locação Comercial, que acompanha o preço das salas e conjuntos comerciais de até 200 metros quadrados em dez cidades brasileiras.

De acordo com o FipeZap, o recuo no preço médio foi puxado, nos primeiros nove meses do ano, pelas baixas registradas em Brasília (-8,78%); Rio de Janeiro (-2,41%); Belo Horizonte (-2,66%); Salvador (-1,07%), e Campinas com -0,49%.

As quedas observadas no período pelo levantamento se sobrepuseram às altas registradas em Curitiba (+7,40%); Florianópolis (+2,99%); Niterói (+1,26%) e São Paulo (+0,75%).

Para venda, o preço médio do metro quadrado de imóveis comerciais no Brasil, em setembro, foi de R$ 8.444. Entre as cidades pesquisadas, São Paulo se destacou com o maior valor médio: R$ 9.871/m2. Em segundo lugar aparece o Rio de Janeiro, com R$ 8.884/m2.

Aluguel de imóveis comerciais

O preço do aluguel de imóveis comerciais no Brasil, em setembro, cresceu 0,37% em comparação com o mês anterior. O Índice FipeZap mostra que, no acumulado do ano, os custos mensais dos aluguéis tiveram crescimento de 3,56%.

A alta nos valores foi puxada pelos aluguéis em Salvador, que tiveram um aumento mensal de 1,53% e anual de 4,41%. Logo atrás, São Paulo e Rio de Janeiro registram um crescimento anual de 3,34% e 2,5%, aponta o FipeZap. Respectivamente, as duas cidades tiveram em setembro uma alta de 0,37% e 0,05%.

Segundo o coordenador do MBA em Gestão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ricardo Teixeira, a alta no valor dos aluguéis tem possível relação com a maior atividade econômica vista nos últimos meses no país, após a melhora epidemiológica da Covid-19.

“O aumento no preço dos imóveis comerciais tem possivelmente relação com uma maior atividade econômica no Brasil, o que faz com que empresas e o setor estejam procurando esses espaços para ocupar. E com a maior demanda, o preço naturalmente sobe”, explicou o coordenador do MBA da FGV.